Palácio da Liberdade em Belo Horizonte, a antiga sede do governo de Minas Gerais
O Palácio da Liberdade foi a sede do governo de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
O edifício do século XIX, que também foi residência de diversos chefes do Executivo estadual, compõe o Circuito Liberdade com outras 15 instituições na região da Praça da Liberdade.
Nesse post vamos conhecer esse importante símbolo da memória e da história da capital mineira e do estado de Minas Gerais.
História do Palácio da Liberdade
Com a transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte no final do século XIX, o estado de Minas Gerais precisava de uma sede do governo na nova cidade planejada.
Foi então que a pedra fundamental do Palácio da Liberdade foi lançada em 7 de setembro de 1895 no alto da atual Avenida João Pinheiro, com início das obras em 25 de novembro do mesmo ano.
A inauguração do edifício do Palácio da Liberdade ocorreu em 1898, com direito à vista panorâmica para a recém-construída cidade.
O local também era a residência oficial do governo estadual e abrigava algumas das secretarias da administração pública da nova Capital de Minas Gerais.
O corredor de palmeiras imperiais em frente ao portão principal da edificação formam até hoje um caminho até a construção imponente que foi referência do poder estadual.
A partir da década de 70 os governadores começaram a trabalhar no Palácio dos Despachos e a antiga sede do governo passou por várias restaurações para abrir ao público como museu.
O tombamento estadual do edifício do Palácio da Liberdade e todo o seu conjunto, com suas fachadas e áreas internas, elementos decorativos, jardins com fonte, esculturas, orquidário, quiosque e demais bens de valor artístico e histórico, foi aprovado em 1975.
O Palácio da Liberdade em Belo Horizonte
O traçado eclético do Palácio da Liberdade mescla elementos do classicismo romântico francês na fachada, com neobarrocos e renascentistas italianos.
O projeto do arquiteto José de Magalhães investiu em requintes de acabamento, riqueza decorativa e torres.
O brasão de Minas Gerais está exposto na fachada principal.
A peça do século XX estava prevista pela recém elaborada constituição estadual de 1891 e foi confeccionada em comemoração à fundação de Belo Horizonte.
O brasão oval de bronze fundido tem elementos simbólicos que representam a história e as características do estado: um feixe de vegetais, uma enxada, uma foice, um martelo e um ancinho sobre um carrinho de mão.
O Palácio por dentro
Ao entrar no palácio, nos deparamos com a monumental escadaria de ferro e mármore, projetada no Brasil, com estrutura encomendada aos Ateliers de Construction, Forges et oficinas Accières Brugges, na Bélgica, em 1896.
A fabricação da escadaria nobre foi da Eisenwerk Joly, da Alemanha, e a estrutura veio para o Brasil em um vapor, em maio de 1897.
A escadaria tem curvas e elementos decorativos típicos do estilo art nouveau, adornada com folhagens e rendas forjadas em ferro, além do uso do sistema Joly de confecção em módulos desmontáveis.
O método era um avanço tecnológico e foi premiado na época.
O suporte do espaço entre um degrau e outro é bordado em ferro e os pisos são de mármore.
Acima da escadaria, um lustre de origem europeia do final do século XIX ou início do XX coroa o requinte do hall principal do Palácio.
O lustre tem armação em bronze fundido, pingentes e contas em cristal lapidadas e mangas de vidro com trinta e nove lâmpadas.
A decoração da peça inclui folhagens, flores de pétalas recortadas, três figuras grotescas tocando trombeta, frisos retorcidos, mangas em forma de vela, pingentes e contas de cristal facetado.
No andar superior, o guarda-corpo da escadaria repete os motivos florais e as rendas, com corrimão de madeira.
A decoração
Ao percorrer os salões do prédio e o luxuoso Salão de Banquete, podemos apreciar a beleza dos móveis em estilo Luís XVI, tapetes, cristais e até talheres que vieram da França.
Também compõem a decoração, candelabros em bronze dourado, lustres em cristal e painéis alegóricos.
No quarto oficial, todo o mobiliário é em madeira, vidro e folha de ouro, confeccionado na Casa Leandro Martins do Rio de Janeiro , em 1920.
Há ainda cinco telas de Antônio Parreiras, representando o deus grego Apolo e os painéis do alemão Frederico Steckel.
Para preservar o piso em parquet com desenhos geométricos do segundo andar, é preciso caminhar em cima um tapete.
Além de visitar o Palácio, o público pode acompanhar a solenidade de Troca da Guarda todo primeiro domingo do mês, às 10h.
Jardins
Os jardins do Palácio são de influência inglesa, com obras de arte, lago, quiosque, árvores, plantas, pedras e orquidário, ainda da época da construção.
O projeto de Paul Villon é de 1898. Ele também elaborou o paisagismo da Praça da Liberdade.
Na verdade, os jardins do Palácio eram prolongamentos da Praça, sem as grades instaladas em 1967 por causa do aumento do tráfego de veículos.
A decoração do jardim tem esculturas francesas em mármore branco e postes que sustentam águias de metal cercadas por luminárias.
O coreto é um dos poucos que apresentam características da época e tem ornamento artesanal de cipós e troncos feitos de cimento armado.
Serviço
O Palácio da Liberdade em Belo Horizonte fica na Praça da Liberdade, no Savassi.
O horário de funcionamento é de quarta a sexta-feira, das 12h às 17h.
Aos sábados, domingos e feriados, o horário é de 10h às 16h30.
Há visitas mediadas de quarta a sexta-feira, às 16h30 e no sábado e domingo, às 11h e às 15h.
Os jardins funcionam de quarta a sexta-feira, das 12h às 18h.
Aos sábados, domingos e feriados, o espaço abre de 10h às 18h.
A visitação ao prédio e jardins é gratuita e sujeita à lotação.
Não é necessário retirar ingresso com antecedência, mas o visitante precisa fazer um cadastramento na hora da visita ao Palácio.
Os visitantes não podem entrar com bolsas e mochilas, tocar nas paredes, no mobiliário, obras e objetos em exposição.
No segundo andar, é obrigatório andar em cima do tapete vermelho.
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