Centro histórico de Oeiras, a primeira capital do Piauí
O Centro Histórico de Oeiras reúne as principais memórias da primeira capital do Piauí.
Localizada há 315 quilômetros da atual capital, Teresina, Oeiras foi declarada Cidade Monumento Nacional através de uma lei Federal, em 1989.
Graças a seu acervo arquitetônico colonial, o Centro Histórico da cidade foi tombado em 2012 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural do Brasil.
A cidade é conhecida ainda como Capital da Fé, pela sua forte religiosidade.
Nesse post vamos te mostrar a riqueza histórica preservada da cidade.
História
A história de Oeiras começa no século XVII, com as expedições em busca de terras para o gado.
Em 1696, foi elevada a categoria de Freguesia, já sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória e em 1712, virou Vila da Mocha, em referência ao riacho que passa pelo local.
Mas foi em 1761 que a então vila virou cidade, ao mesmo tempo que se tornou sede do novo governo e que mudou de nome para Oeiras.
O nome é uma homenagem a Sebastião José de Carvalho e Melo, o Conde de Oeiras, em Portugal, que depois viria a se tornar o Marquês de Pombal.
Oeiras foi a capital do Piauí até 1852, quando a sede do governo foi transferida para a Nova Vila do Poty, que recebeu o nome de Teresina em homenagem a imperatriz Teresa Cristina.
Com mais de três séculos de história, Oeiras cresceu em torno da matriz de Nossa Senhora da Vitória e cultiva uma forte religiosidade que lhe rendeu o título de Capital da Fé.
Não por acaso, quem nos apresentou a bela história da cidade foi o Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Vitória, o Padre Possidônio Ferreira Barbosa Júnior, a quem somos muito gratos pelo acolhimento.
Centro Histórico de Oeiras
A maior parte da história da cidade se concentra em 14 quarteirões do centro, com 235 imóveis de várias correntes arquitetônicas, como a luso-brasileira, arquitetura do imigrante e a eclética.
Mas é na Praça das Vitórias que podemos ver a origem de Oeiras preservada em belas construções.
Entre os casarões coloniais e monumentos dos séculos 18 e 19, da época da colonização do Piauí, estão a Casa do Visconde da Parnaíba, do final do século XVIII, que foi sede do Governo entre 1823 e 1843, o Paço Municipal e o prédio dos Correios.
Outras edificações merecem destaque:
Catedral de Nossa Senhora da Vitória
A matriz de Nossa Senhora da Vitória, concluída em 1733, é a igreja mais antiga do Piauí.
Ela foi erguida no mesmo local de uma capela de taipa coberta com palmas de pindoba, de 1697.
Essa construção em estilo barroco colonial do século XVIII, tem apenas uma torre para evitar a cobrança de impostos pela coroa portuguesa.
O relógio da torre veio de Liverpool , na Inglaterra, em 1815.
E para completar o conjunto arquitetônico, um cruzeiro recebe os fiéis na frente da catedral.
O altar da igreja é todo esculpido em madeira e se estende até o teto, em estilo rococó.
As lápides no interior da Catedral são de personalidades do império.
A pia batismal e as capelas laterais conservam o patrimônio desse templo do início do século XVIII.
A igreja e todo o seu acervo foram tombados em 1940 pelo Iphan, mas a matriz só foi restaurada pela primeira vez em 1978.
A Catedral de Nossa Senhora da Vitória, padroeira de Oeiras, sedia importantes celebrações, como a procissão do Fogaréu e de Bom Jesus dos Passos, na Semana Santa.
Cine Teatro Oeiras
O prédio em Art Decó é da década de 1940 e fica ao lado da Catedral.
Associação de Comércio Oeirense
O prédio é de 1942 e abriga a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade.
Solar das Doze Janelas
A residência construída no século XIX, hoje abriga um centro cultural e a biblioteca pública de Oeiras.
Palácio João Nepomuceno
No palácio Capitão-Mor João Nepomuceno, construído na primeira metade do século XIX, funciona o Museu de Arte Sacra de Oeiras.
Além de objetos de colecionadores, peças das três igrejas seculares da cidade compõem o acervo: Nossa Senhora da Vitória, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição.
Salas temáticas e imagens de madeira policromada dos séculos XVII, XVIII e XIX formam o museu.
Casa do Cônego
Edificação da primeira metade do século XIX, a Casa do Cônego João hoje sedia a Pousada do Cônego.
Galeria do Divino
O acervo do Museu do Divino Espírito Santo reúne objetos sacros, esculturas e quadros.
Outros pontos do Centro Histórico de Oeiras
Igreja do Rosário e Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, localizada no bairro de mesmo nome, é do século XVIII.
Inicialmente apenas pelos negros frequentavam a igreja.
Há ainda a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos, do século XIX, que fica perto do mercado público.
Casa da Pólvora
A casa é a única edificação militar do período colonial do Piauí que ainda existe.
É também o primeiro museu do Piauí.
O espaço servia para guardar armas que usavam pólvora.
O lugar foi muito utilizado na emancipação do Piauí, durante as lutas pela independência.
Ponte Grande do Mocha
Em Oeiras também fica a ponte mais antiga do Piauí.
Construída sobre o Riacho da Mocha, em 1846, a Ponte Grande é a primeira ponte de pedra do estado.
Há ainda o Centro de artesanato Salomé Tapety e o Mercado Público José Lopes da Silva, de 1934.
Serviço:
São 315 km de Teresina à Oeiras, que está localizada no Semiárido do Piauí.
O percurso é pela BR 316, via Valença e Ipiranga, depois segue 342 km pela BR 343, via Floriano e mais 283 km pela PI 236, via Regeneração.
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