Florença de graça

Conheça 6 atrações gratuitas do Centro Histórico da capital da Toscana

Que Florença é uma cidade que respira séculos de História e Arte todo mundo já sabe.

Basta andar pelo Centro Histórico para fazer maravilhosas descobertas em cada esquina.

Arte que está nos lugares mais inusitados, até na sinalização.

Na cidade onde se criaram grandes artistas como Michelangelo e Leonardo da Vinci, estão concentradas muitas obras que são verdadeiros patrimônios da humanidade.

Grande parte desses trabalhos compõe o acervo de museus maravilhosos em Florença, como a Galleria Dell’Accademia, a Galleria degli Uffizi e o Palazzo Vechio, que por si só também são belas construções, importantes para a História da cidade.

Além disso, muitos desses nomes que entraram pra história estão sepultados em monumentos belíssimos na Basílica de Santa Croce, que também reúne um importante acervo artístico.

É claro que as principais atrações da capital da Toscana são pagas, mas também é possível conhecer outros pontos turísticos de forma gratuita, como a Piazza della Repubblica e a Piazza di San Firenze, com seu Complesso di San Firenze, um edifício barroco do século XVII que abriga uma igreja, um palácio e um antigo oratório.

E mais, tudo é pertinho e dá pra conhecer a cidade a pé tranquilamente.

Nesse post vamos te mostrar quais são as principais atrações gratuitas de Florença para você incluir no roteiro quando visitar a cidade.

E você pode continuar percorrendo as atrações gratuitas de Florença nesse vídeo que também está disponível no nosso canal no Youtube.

1. Mercado Central de Florença

O mercado foi o primeiro lugar que visitamos em Florença, já que o lugar reúne uma ótima praça de alimentação (mas não aquelas de shoppings) com opções gastronômicas variadas.

Aliás, foi lá que fizemos a maioria das nossas refeições na cidade.

Todo dia provávamos uma coisa diferente e deliciosa.

De lanches a refeições, são variados os estabelecimentos com frios, pastelaria, carnes, massas, queijos, chocolate, vinhos, trufas e claro, gelatos e sobremesas.

O assunto é tema de um post sobre as nossas Experiências Gastronômicas em Florença e em outras duas cidades da Toscana.

E além de reunir comida feita artesanalmente por chefs locais e até a escola de culinária Lorenzo de ‘Medici no primeiro andar, o prédio do mercado é lindo.

A estrutura de ferro e vidro é de 1874 e a obra é do arquiteto Giuseppe Mengoni.

No térreo funciona o mercado geral, com especiarias, peixe fresco e até massas para preparar em casa.

O Mercado Central fica no bairro de San Lorenzo, a poucos minutos do Duomo e abre todos os dias, das 8h à meia noite.

2. Catedral de Santa Maria del Fiore, o Duomo

Mais conhecida como o Duomo, por causa da sua magnífica cúpula vermelha, a igreja fica na Piazza del Duomo, numa espécie de complexo formado ainda pelo Batistério e o Campanário.

A Catedral representa a riqueza e o poder da capital da Toscana nos séculos XVIII e XIV.

Seu nome vem da flor do lírio, símbolo da cidade, que também inspirou o antigo nome de Florença, Fiorenza.

Uma das maiores obras-primas góticas e do início do Renascimento italiano, o Duomo ou Catedral de Florença é a sede da arquidiocese da cidade.

Com muitos detalhes esculpidos na fachada, a Catedral é parada obrigatória dos turistas.

Fachada

As cores da Itália decoram a fachada através do mármore vermelho de Siena, o branco de Carrara e o verde de Prato.

Só que em vez das faixas verticais da bandeira do país, aqui as placas de mármore com as três cores estão organizadas de forma horizontal.

Com construção iniciada o final do século XIII, a Catedral de Florença foi a maior da sua época na Europa e uma das maiores igrejas do cristianismo, com capacidade para 30.000 pessoas.

A igreja tem ainda 160 metros de comprimento, 43 metros de largura e 90 metros de altura.

No interior da igreja, uma escada leva às escavações da antiga catedral, que também pode ser visitada.

Em meados do século XX foi encontrada uma cripta com o túmulo de Filippo Brunelleschi, o arquiteto do Duomo.

Com 45 metros de diâmetro (o mesmo que todo o Batistério) e 100 metros de altura, a cúpula era a maior do mundo até então e demorou 15 anos para ser finalizada.

Brunelleschi esculpiu ainda as estátuas para o Duomo.

Já o afresco da cúpula que retrata o Juízo Final é uma obra de Giorgio Vasari e Federico Zuccari, realizada entre 1572 e 1579.

Para ver a pintura de perto é preciso comprar ingresso e subir 463 degraus.

A Catedral funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h30 e o acesso é gratuito.

Já para entrar no Campanário e no Batistério, é preciso comprar ingresso.

Aos sábados o horário é das 10h às 16h45 e aos domingos, das 13h30 às 16h30.

3. Piazza della Signoria e Loggia dei Lanzi 

Todos os caminhos levam a Piazza della Signoria.

Uma vez em Florença, você vai passar por lá mais de uma vez, com certeza.

Primeiro que lá estão dois dos mais importantes museus da cidade, o Palazzo Vechio e a Galleria Uffizi.

Segundo porque a praça está no meio do caminho para outros pontos turísticos.

De um lado o Duomo, de outro a Ponte Vecchio e o Palazzo Pitti.

Além disso a praça é o centro da vida política de Florença desde o século XIV e foi palco de importantes acontecimentos históricos, como a volta da família Médici para a cidade em 1530.

Várias obras de arte, entre elas, a fonte de Netuno, com o rosto de Cosimo de Medici e a estátua do próprio Cosimo a cavalo decoram a piazza, que tem a forma de L.

A réplica do Davi de Michelangelo (o original está na Galleria dell’Accademia) e o Hércules e Caco, de Baccio Bandinelli decoram a entrada principal do Palazzo Vecchio.

Loggia dei Lanzi

É na praça que fica também a Loggia dei Lanzi, uma galeria de esculturas gratuita e ao ar livre.

O espaço foi projetado em 1376 por Orcagna com arcos que marcam o estilo classicista renascentista.

Entre as obras que decoram a loggia, estão Perseu com a cabeça de Medusa, de Benvenuto Cellini.

A versão esculpida em mármore do Rapto das Sabinas, de Giambologna, também fica aqui, para o deleite de todos.

Igreja de Orsanmichele

Pertinho da praça fica a Igreja de Orsanmichele ou, em português, Horta de São Miguel.

O antigo mercado de grãos virou uma igreja decorada com estátuas de santos em bronze em sua fachada.

As obras foram criadas durante uma competição para premiar o artista que criasse a imagem mais bela, então imagine o resultado.

Hoje as obras originais estão no museu da igreja, mas as réplicas estão na fachada para a gente admirar.

4. Florença: Ponte Vecchio e rio Arno

Mais um cartão-postal de Florença, a Ponte Vecchio é a ponte de pedra mais antiga da Europa e sobreviveu até a Segunda Guerra Mundial, já que foi a única que os nazistas não bombardearam porque os destroços acabariam deixando material suficiente para qualquer pessoa atravessar o rio.

Com suas joalherias chiques e formada por três arcos (o maior com 30 metros de diâmetro), a ponte está sempre cheia de turistas.

Por aqui também passa o Corredor Vasari, um engenhoso caminho suspenso de 1 km de extensão, construído para ligar os escritórios dos Médici no Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti, última residência da família.

E foi por isso que o antigo mercado de carnes que funcionava na ponte foi substituído por joalherias, já que o mau cheiro do açougue incomodava os Medici quando eles passavam pelo corredor, na parte de cima da ponte.

No meio da Vecchio fica o busto de Benvenuto Cellini, considerado o ourives e escultor mais importante de Florença.

Desse ponto, podemos ver a ponte de Santa Trinità, projetada por Michelangelo.

Rio Arno

A ponte Vecchio liga ainda as partes norte e sul da cidade e passa sobre o rio Arno.

E num agradável passeio ao longo das margens do rio, temos ótimos pontos de vista de Florença.

De um lado, a própria Ponte Vecchio.

De outro, a Galleria Uffizi e a Biblioteca Nacional Central de Florença.

5. Piazza di Santa Croce

É claro que são muitas as praças e largos no Centro Histórico de Florença, como já até citamos no começo do post.

Mas vamos indicar mais um espaço público que também vale a pena dar uma passadinha pela sua importância para a cidade.

Os florentinos sempre usaram a Piazza di Santa Croce para eventos e até para competições esportivas.

Até hoje artistas de rua se apresentam na praça para os turistas e certamente você vai encontrar algum por lá.

Para dar mais espaço para as apresentações, a estátua do poeta e escritor florentino Dante Alighieri, colocada no centro da praça em comemoração ao quinto centenário de nascimento do poeta, foi removida para a escadaria da Basílica de Santa Croce, que também fica aqui.

E mesmo que você não entre nessa que é a maior igreja franciscana do mundo (dizem até que o próprio São Francisco de Assis foi o seu fundador), já que é preciso comprar ingresso, vale conferir sua fachada de estilo neogótico, além da estátua de Dante, de 1865.

A fachada é do arquiteto Niccolò Matas, que usou vários tipos de mármore no revestimento (branco, vermelho, verde, preto e amarelo).

Já a execução do vitral com quase seis metros de diâmetro é de Lorenzo Ghiberti.

Na fachada se destaca ainda a estrela de Davi em mosaico e o monograma de Cristo no meio, afixado em 1437.

As letras IHS estão sob um sol radiante.

6. Florença: Piazzale Michelangelo

Um terraço panorâmico com vista para Florença.

Essa é a definição da Piazzale Michelangelo, o lugar perfeito para ver o Centro Histórico da  cidade.

A praça tem vários mirantes e patamares diferentes, o que dá vários pontos de vista da cidade, cada um mais lindo que o outro.

A escadaria da praça é o point preferido dos turistas para ver o pôr do sol na cidade, mas a nossa visita foi à noite.

O arquiteto Giuseppe Poggi projetou o espaço em homenagem ao artista renascentista Michelangelo, por isso em 1873 uma cópia em bronze do Davi passou a decorar o centro da praça.

Pra quem vai de carro, há um estacionamento amplo que também é gratuito.

Mais um passeio de graça imperdível na capital da Toscana.

Essa viagem foi realizada com a assessoria da Atlas Turismo.

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