Dois tipos de hospedagem em Salvador

Onde ficamos no Corredor da Vitória e no Centro Histórico

Em duas visitas a Salvador esse ano, nos hospedamos em dois locais completamente diferentes. Um em pleno Centro Histórico da cidade, o outro perto do circuito principal do carnaval.

Nesse post vamos contar como foram essas duas experiências para te ajudar com informações quando for à capital baiana.

E como nem tudo são flores e nosso relato é sincero, avaliamos que tem hotel precisando rever muito o serviço oferecido para atrair os hóspedes. Confira!

Corredor da Vitória

O Corredor da Vitória fica vizinho ao circuito Osmar, no Campo Grande, local de concentração dos blocos do carnaval de Salvador. Essa avenida, que se chama Sete de Setembro, também é uma área nobre, com prédios de luxo e alguns hotéis.

O hotel Sol Victória Marina, da rede Sol, fica na avenida Sete, perto de lugares como o Teatro Castro Alves e da praia do Porto da Barra. Mas a boa  localização é uma das poucas vantagens do estabelecimento.

O hotel é antigo e não passa por uma repaginada há um bom tempo. No corredor de cada andar, o barulho da casa de máquinas é muito alto. Não há cartões para acessar o elevador e os quartos, eles ainda usam chave mesmo.

Quando a gente entra nos quartos tem a certeza absoluta que o hotel está defasado, a começar pela decoração em tons de laranja e estofados com mofo.

Mas o pior não foi a estética. Quando olhei pro teto, dei de cara com uma teia de aranha.

No banheiro, a cortina caiu na primeira vez que abri pra tomar banho. Não descobri a ciência do chuveiro, era com ducha forte ou um fio de água, que nunca ficava na temperatura ideal.

Também tivemos problemas com o vaso sanitário, que não dava descarga. O jeito foi chamar a manutenção.

Os armários eram razoáveis e tinha cofre. Mas pra usar o secador, tem que pedir à recepção se ainda tiver algum disponível.

O frigobar fica vazio. Já a tv tem alguns canais por assinatura e a wifi só é free na recepção do hotel, pasme!

Nunca mais tinha visto isso em nenhum lugar do mundo. E se quiser usar internet no quarto, tem que pagar uma taxa a cada 24 horas.

O melhor do quarto é a vista para a Baía de Todos os Santos, uma paisagem perfeita para começar o dia.

O café da manhã é servido na área da piscina, que também tem vista para a baía.

Mas infelizmente o café deixou a desejar, na minha opinião. As frutas não estavam doces e não comi nada que estivesse gostoso. Pelo menos tinha tapioca feita na hora.

O serviço também não foi dos melhores. Pedi um ovo cozido e demorou a vida toda, bem que o garçom avisou. Nos outros dias não pedi mais.

Nem tudo está perdido. Como a maioria dos prédios dessa área, o hotel também tem um píer que dá acesso à Baía de Todos os Santos.

Mas para chegar lá, tivemos que descer muitas escadas, já que o plano inclinado estava quebrado. Como o hotel não tem academia, considere um bom exercício durante sua hospedagem. A subida é radical, rs.

No caminho, que é bem arborizado, encontramos vários saguis. Eles vem comer na mão dos funcionários.

O píer Mahi Mahi tem uma estrutura com restaurante e piscinas para adultos e crianças, além de um parquinho.

Tem ainda um tobogã para escorregar na baía e acesso ao mar, que tem uma água transparente e bem calminha.

A vista é muito bonita e muita gente que mora por ali aproveita para fazer esportes náuticos.

Se você não for exigente com os problemas que relatamos, o pier seria um bom motivo para escolher esse hotel.

Ai você deve estar se perguntando, com mais pontos negativos que positivos, então porque eu me hospedei nesse hotel?

Em minha defesa eu jamais teria escolhido esse hotel para me hospedar, muito menos com minha família, uma vez que todas as avaliações que li na internet eram negativas. Mas esse foi o estabelecimento escolhido (e bancado) pelo meu trabalho, então não tive opção.

É uma pena que um hotel tão bem localizado e com uma vista dessa tenha tantas falhas. Espero que eles aceitem a crítica construtiva, repensem seus serviços e cuidem urgentemente da infraestrutura.

Centro Histórico

Essa foi uma experiência de hospedagem totalmente nova para nós. Foi a primeira vez que nos hospedamos num prédio histórico que já abrigou um convento no século XVI.

O Pestana Convento do Carmo Bahia  é o primeiro hotel histórico do Brasil e foi inaugurado em 2005, mas o prédio foi construído em 1586 pela Ordem Primeira dos Freis Carmelitas para abrigar um convento.

O hotel fica em pleno Centro Histórico de Salvador, no bairro Santo Antônio Além do Carmo, perto do Pelourinho.

E é claro que a grande atração do hotel é o próprio prédio do antigo convento. Logo na entrada encontramos uma imagem da Nossa Senhora Porta do Céu.

Na área que já foi o primeiro claustro, há um pátio com vista para a torre da igreja do convento.

Passear pelos corredores do lugar é descobrir muitos detalhes na arquitetura e na decoração.

O hotel abriga ainda o Museu do Carmo (que está fechado para reforma) e a sacristia da igreja, considerada uma das mais bonitas da América Latina, mas que não está mais aberta a visitação.

No segundo claustro fica a Sala dos Freis, uma biblioteca com títulos em várias línguas, além da academia.

Na mesma área tem ainda sauna a vapor e jacuzzi, que pode ser usada individualmente de 9h às 16h mediante agendamento.

Para continuar o relaxamento, a piscina tem uma atmosfera bem intimista, com umas espécies de tendas que dão privacidade aos hóspedes.

Em volta da piscina funciona o Bar Todos os Santos, algumas mesas do restaurante do convento e áreas comuns do hotel. Tudo muito silencioso e calmo.

Em todas as áreas do hotel, a internet funciona bem.

E já que o assunto é privacidade, paz e tranquilidade, vamos aos quartos. Esse Historic Hotel tem 67 apartamentos e suites decorados de forma clássica para combinar com a atmosfera do local.

Ficamos em quartos conjugados no fim do corredor do térreo e não fomos incomodados em nenhum momento por barulho de circulação de outros hóspedes ou de quartos vizinhos, já que as paredes são bem grossas.

E para quem se hospedar no andar superior, há dois elevadores para acesso.

O quarto das crianças foi o mais amplo, com uma antessala de acesso para o banheiro e o dormitório.

Tudo na acomodação das crianças era bastante espaçoso, a começar pelo banheiro.

As camas das crianças eram largas e confortáveis e o quarto ainda tinha uma chaise-longue para ver tv.

Um detalhe interessante nesse quarto é que tem um banco em cada uma das janelas, herança da arquitetura do convento. Provavelmente era ali que os padres ficavam para contemplar o jardim.

O quarto tem ainda uma escrivaninha, armário com frigobar embutido e roupeiros que se acendem quando abrimos as portas.

O quarto de casal foi um pouco menor, mas com uma boa cama, tv, mesinha e armário.

O banheiro deste quarto também é menor do que o da outra unidade, ainda assim é muito amplo. O diferencial aqui é uma janela para o jardim, já que o outro banheiro que não tem janela.

Mas o que deixa os quartos tão aconchegantes e confortáveis é o silêncio. As janelas tem dois vidros e ainda a original do convento, em madeira.

Quando fechadas, não passa som nem luz. A gente chega até a perder a noção da hora de tão tranquilo que é. Até as crianças, que sempre levantam cedo, tiveram que ser acordadas. Com um quarto silencioso e escurinho, o sono foi muito bom.

E é claro que teve Tour “di” Quarto do hotel. Clique no vídeo e confira mais detalhes da habitação. Esse e outros vídeos também estão disponíveis no nosso Canal no Youtube.

Voltando a passear pelo hotel, encontramos outros ambientes históricos entre corredores e escadas, como a Capela Noviciado.

Ao lado do restaurante, um confessionário faz parte da decoração.

O restaurante Bottino do Convento se divide em uma área interna e externa, onde as mesas tem vista para a piscina. A louça segue o estilo clássico da decoração.

O café é simples, sem muitas opções, mas pelo menos eles variam alguns pratos durante os dias. É possível pedir tapioca e omelete.

Ao lado do hotel, ligado a ele, fica a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída no início do século XVII. De estilo neoclássico, a igreja pode ser visitada ao longo da semana e durante as missas.

O interessante de visitar as igrejas do Centro Histórico é observar os detalhes que diferenciam cada uma de suas fachadas.

A beleza continua na parte interna, com suas imagens, teto e os altares ricamente decorados.

Bem ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, só que mais recuada, fica a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, de 1788.

A construção, de estilo barroco com detalhes góticos, também serve de cenário para fotos de formatura.

Como em outras igrejas do Centro Histórico, a da Ordem Terceira, de responsabilidade dos irmãos terceiros, foi construída mais recuada em respeito a Ordem Primeira, administrada pelos padres.

A igreja tem ainda a imagem do Senhor Morto, com duas mil pedras de rubi. Todo o acervo pode ser conhecido numa visita guiada, assunto do próximo post sobre o Centro Histórico.

Que tal se hospedar num lugar com tanta riqueza histórica como essa?

O Pestana Convento do Carmo Bahia fica na ladeira do Carmo, numa rua com vários restaurantes (alguns com vista para a baía de Todos os Santos), um plano inclinado e perto de várias atrações, como a Igreja do Santíssimo Sacramento do Passo.

Planeje agora mesmo a sua viagem. Use os links dos nossos parceiros para contratar seu seguro de viagem, alugar um carro, adquirir um chip de celular para uso fora do Brasil e escolher a sua hospedagem.

Você não paga nada mais por isso e ainda ajuda o blog a continuar trazendo informações de qualidade para você e sua família. Até o próximo post!

Para guardar essas sugestões é só salvar o pin.