Mangal das Garças, um oásis no centro histórico de Belém

O Parque Naturalístico fica às margens do Rio Guamá

Com uma área de cerca de 40.000 metros quadrados, o Mangal das Garças é uma espaço verde no centro histórico de Belém que deve entrar no seu roteiro na cidade.

Nesse post você vai entender por quê.

Tem playlist de Belém do Pará no nosso canal no Youtube.

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Mangal das Garças

O recanto, que antes era uma área alagada, foi revitalizado em 2005 e fica às margens do rio Guamá.

Daí vem o nome mangal: um mangue de água doce.

Mas e as garças? Sim, elas são as donas absolutas desse oásis em plena capital paraense.

Pra onde se olha elas estão, andando e voando tranquilamente entre os visitantes, inclusive tem que ter cuidado com alguma surpresa desagradável do alto, rs.

Umas das atrações do mangal é o momento em que as garças são alimentadas, às 11h da manhã e às 17h30.

Nessa hora as outras aves do parque também recebem seu lanchinho.

É muito interessante ver o gramado todo branquinho com a revoada das garças.

Veja só a folia que elas fazem na hora do almoço.

 

Mas não só de garças vive o mangal.

Além de várias aves, como o tuiuiú, nos dois lagos e gramados do parque vivem jabutis, iguanas, flamingos e outros animais.

O mangal também é uma reserva de espécies da flora amazônica que representam as diferentes macrorregiões florísticas do Pará, com matas de terra firme, matas de várzea e os campos.

O acesso ao parque é gratuito, mas as áreas com visita monitorada são pagas.

Compramos um passaporte de R$15 para conhecer o Borboletário José Márcio Ayres (um cientista paraense), o Farol de Belém, Viveiro das Aningas e o Memorial Amazônico da Navegação, mas também é possível comprar só os espaços que você quiser visitar por R$5 cada.

A seguir, vamos mostrar como foi a visita em cada um dos espaços do Mangal das Garças.

Farol de Belém

Para ter uma visão geral do parque e das redondezas, começamos pelo Farol de Belém.

A torre em estrutura metálica tem 47 metros de altura e dois níveis de observação, um de 15 e outro de 27 metros.

O visual do alto, nem precisa dizer (mas a gente diz mesmo assim, rs), é maravilhoso.

Dá pra ver o centro histórico de Belém.

O rio Guamá.

E claro, todas as áreas do parque.

Dá pra ficar um bom tempo contemplando a vista panorâmica do farol.

Borboletário

A visita ao borboletário tinha hora marcada porque a gente queria ver a soltura das borboletas.

E já a partir da entrada, começamos a aprender sobre as espécies.

Mas antes da soltura, ficamos um tempo visitando o viveiro de borboletas e beija-flores.

O espaço foi montado com vegetação propícia às espécies, além de cascatas e espelhos d’água.

Tem ainda um laguinho com patos e até uma arraia.

Na hora marcada, às 10h (à tarde é às 16h), um funcionário do viveiro dá uma pequena aula sobre o ciclo de vida das borboletas e sobre as espécies que vivem no borboletário.

Ele explica desde o momento do nascimento, como larva, até o estágio de pupa, quando a borboleta se fecha dentro do casulo e começa a desenvolver as asas.

No Mangal das Garças são produzidas mensalmente mais de 5 mil borboletas adultas.

Entre as espécies produzidas, estão à borboleta olho de coruja, ponto de laranja, Júlia, brancão e battus.

Uma coisa que a gente aprendeu foi que as cores das borboletas tem a ver com as plantas de que elas se alimentam.

O pigmento é resultado de tudo aquilo que a borboleta comeu e também da genética destes seres vivos.

Quando finalmente chega a hora da soltura, a gente imaginava que ia ser uma nuvem de borboletas, mas na verdade só são algumas, rs.

Ainda assim não deixa de ser bonito ver as borboletas voando livres. O funcionário até coloca uma na nossa mão.

Veja o vídeo com um trecho da apresentação do funcionário do Mangal e da soltura das borboletas.

Viveiro das Aningas

O Viveiro de aves é mais um dos espaços do mangal em que o acesso é pago.

Aqui vivem mais de 35 espécies de aves, com cores lindas e variadas.

Mas o nome Aninga na verdade vem de uma planta. Como já mencionamos, antes de virar o mangal, o parque era uma área alagada com um extenso aningal.

O viveiro sofre a influência das marés, o que permite a adaptação de aves aquáticas.

Além disso, a aninga garante a sombra que possibilita o aparecimento de outras espécies como o açaí e o buriti, que também estão nesse espaço.

Memorial Amazônico da Navegação

O memorial foi o último espaço pago que visitamos no mangal.

Esse pequeno museu foi montado num espaço feito em ipê, com telhado revestido de palha e piso de  interno de pedra-sabão.

Já  os painéis com os textos históricos são de ferro.

O acervo do memorial é divido em três aspectos da evolução dos meios de transporte de navegação na Amazônia.

O primeiro é o militar, representado pela Marinha do Brasil.

A navegação comercial está representada por um breve histórico da Empresa de Navegação da Amazônia, a Enasa.

Já as coloridas embarcações regionais estão expostas com vários barcos ainda muitos utilizados na região Norte.

Mirante do rio

Outro espaço fotogênico do mangal é o mirante.

Para chegar lá, atravessamos uma passarela de 100 metros sobre a vegetação nativa e a várzea.

Do mirante, temos outro ponto de vista do rio Guamá e do centro histórico de Belém.

Outros espaços

No mangal ainda funciona o armazém do tempo, um antigo galpão de ferro pertencente à Empresa de Navegação da Amazônia que foi restaurado e hoje serve como espaço permanente  para exposições.

A fonte das Caruanas é uma cascata de pedra perto do Armazém do Tempo, onde nasce um riacho.

E para quem quiser almoçar ou jantar no mangal, a opção é o restaurante Manjar das Garças. O serviço é de buffet no almoço (R$ 65) e jantar à La carte.

O restaurante funciona de terça a quinta-feira, das 12h às 15h e das 20h à meia noite.

Já nas sextas e sábados, o horário é das 12h às 16h e das 20h à meia noite. Aos domingos, o restaurante abre apenas para almoço.

Serviço:

O Mangal das Garças fica na rua Carneiro da Rocha, na Cidade Velha.

O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 9h às 18h. A entrada é gratuita. É ou não um espaço lindo para incluir no seu roteiro em Belém? A gente adorou e recomenda a visita.

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Para salvar essa programação no Mangal das Garças, basta clicar em um dos pins.