Experiências Gastronômicas em Bariloche
Toda viagem é marcada por cores, cheiros e sabores que deixam a experiência completa.
É o momento certo para provar coisas novas, conhecer a cultura local em toda sua dimensão. E isso passa pela culinária.
Por isso a partir desse post, o Família que viaja junto estreia uma coluna nova sobre as nossas vivências gastronômicas em cada viagem.
Se a sua família for como a nossa, nós aproveitamos a oportunidade para inserir os pequenos num novo cardápio, apurar o paladar e incentivar a apreciar deliciosos pratos desde cedo.
Então, nada melhor do que começar a compartilhar essas experiências pelas férias mais recentes, quando as impressões ainda estão apuradas e os novos sabores descobertos estão fresquinhos na memória.
É claro que gosto é algo muito particular de cada um, por isso o que coloco aqui é a nossa sincera opinião pessoal e não se trata de nenhuma verdade absoluta.
A nossa viagem gastronômica começa mesmo antes de sairmos do Brasil, na primeira parada até Bariloche, em Guarulhos-SP.
Jantamos no buffet do Kess Restaurante, do Hotel Slaviero, com excelentes saladas, massas, peixe e carnes.
O estabelecimento passou por uma recente repaginada e ainda traz uma mesa de sobremesas para a gente já começar a entrar no clima de férias e gordices com o pé direito.
Nossa segunda parada foi na escala em Buenos Aires, no Hard Rock Café do Aeroparque Jorge Newbery, Aeroporto mais central da capital argentina.
A comida é a típica americana, com hambúrguer e fritas e smoothies deliciosos.
E para quem quer investir nos sabores mexicanos, também tem nachos com muitos temperos e guacamole.
Já em Bariloche o que não faltam são restaurantes com todo o tipo de culinária e, é claro, com muitos pratos locais e típicos do país.
A intenção aqui não é cair no lugar comum das empanadas e alfajores que todo mundo já conhece ou já ouviu falar. A proposta é explorar coisas novas e nem sempre divulgadas.
Para começar é bom saber que as refeições são individuais, mas bem servidas. Se você não quiser optar pelo cardápio kids, dá para “compartir” um prato de adulto com uma das crianças, dependendo da fome.
A entrada sempre é pão para tudo, às vezes com patês ou molhinhos temperados.
E na hora da conta, não estranhe se te cobrarem pelos “cubiertos”. Na Argentina e no Chile muitos restaurantes cobram um taxa pelo uso de talheres, isso mesmo.
Por mais que isso seja estranho pra gente, é uma prática comum. Também é recomendado deixar a “propina” do garçom, que nada mais é que a gorjeta.
O primeiro restaurante que visitamos foi o Kostelo, que fica na orla do Centro da cidade.
Comemos Massa ao Molho de Camarão com Brócolis e um prato de carne, com acompanhamento de salada e fritas.
Uma forma como a carne é servida por lá é na parrilla, uma grelha que assa os cortes na brasa e vai para mesa assim.
A carne de maneira geral é bem diferente da que estamos acostumados. O corte é alto e meio sem sal, mas há quem aprecie.
Na “parrillada” dos Las Brasas, no Centro, a carne já vem toda na grelha de uma vez só.
E é só carne mesmo, no máximo o acompanhamento é de batatas ou purê em todos os pratos argentinos.
Se quiser encorpar mais a refeição, tem sempre que pedir uma “guarnición” de arroz (feijão por lá, nem pensar).
Mas voltando para a parrillada, o churrasco deles tem ainda a linguiça de chouriço, recheada com sangue, e muita gordura. É provar para conhecer.
Você sabe o que é Cazuela? Esse é um prato bem comum em Bariloche, uma espécie de caçarola, normalmente de carne de “cordero”, como eles dizem.
Mas no restaurante Cazuela, na rua Mitre, nos surpreendemos com a Cazuela de Mariscos, feita no “horno” (forno) de barro, um diferencial dos pratos preparados na casa de “comida casera“.
Os mariscos vem num caldo de arroz muito saboroso.
Além da Cazuela, com um sabor marcante, também provamos o Cordeiro ao Forno de Barro. Os dois pratos, mais uma guarnição extra de arroz e sucos saiu por cerca de R$ 200,00.
Um dos restaurantes turísticos de Bariloche é o Familia Weiss, que tem um cardápio extenso para não deixar ninguém sem opção.
Escolhemos a Truta e a Cazuela de Cervo, ambos acompanhados por batatas, mas pela fama esperávamos um sabor diferenciado.
Uma surpresa escondida na rua Mitre, logo na esquina com o Centro Cívico, foi o pequeno Morfys.
Com um bom custo-benefício e cardápio em português, o local foi a nossa opção de almoço e jantar por mais de uma vez.
A primeira pedida é o suco de framboesa, com ou sem leite, mas saboroso das duas formas e com aquele azedinho que faz toda a diferença.
Provamos a massa, servida em boa quantidade e com a opção para o cardápio kids também.
A Cazuela de Cordero e o Bife de Chorizo também estão no cardápio, mas o nosso prato preferido foi o Wok de Vegetales com Pollo (frango), um tipo de massa fininha bem servida com legumes e verduras cozidos ao dente. Uma delícia!
Se quiser dar uma pausa nas comidas regionais e comer algo mais familiar, como uma massa, tem o Girula, da avenida San Martin, paralela com a Mitre e perto do Hotel Panamericano.
Escolhemos o Tagliatele (mais grosso que o Fettuccine) ao molho Bolonhesa e outro com Carbonara, mas lá também tem pizza e Sopa de Legumes com Carne, para aquecer o corpo depois da brincadeira na neve.
Outro prato comum em vários restaurantes são as carnes ou frango a milanesa, que vem em grande quantidade com salada, fritas ou purê.
Dá para três pessoas comerem tranquilamente. Provamos um razoável no Pajaro’s, na San Martin.
Como já disse no post sobre a viagem para Bariloche, uma das nossas vivências mais marcantes e completas foi o passeio Montanha y Tango, no Cerro Otto.
E essa experiência passa definitivamente pelo delicioso jantar servido na atmosfera da montanha. A entrada dessa vez não foi pão, mas um delicioso Espeto Misto de Vegetais.
De prato principal, cada um escolhe entre três opções. Os Sorrentinos de Abóbora são uma massa com recheio agridoce e molho branco.
Tem ainda a Truta Recheada e a Mini-Caçarola de Cordeiro, muito macia e a melhor que comemos por lá.
E para quem adora a hora da sobremesa, vai se lambuzar com um Cheesecake de Frutas Vermelhas.
No final ainda tem uns chocolatinhos para encerrar a noite.
Saindo um pouco de Bariloche, fomos até a Villa La Angustura e almoçamos no El Cruce, que fica no espaço El Mercado.
Lá a refeição é baseada em sanduíches. Escollhemos o Lomito de luxe ( 159 pesos), o Pancho de Luxe (76 pesos) e o Petit Burguer ( 96 pesos), além das papas (batatas) fritas diferentes das convencionais, mais grossas.
Um dica importante pra quem prefere sucos a refrigerante, nem sempre vai encontrar opções da fruta nos restaurantes de Bariloche e redondezas.
Por isso muitas vezes tivemos que optar pela água saborizada para todos. Tem vários sabores, como maçã, uva e limão. Dá pra passar.
Em San Martin de Los Andes, provamos a Truta com Vegetais do Don Florencio, que tem ainda tem cordeiro, empanadas e, segundo eles, a autêntica carne argentina.
No item doces, a nossa melhor descoberta foram os Cubanitos, unanimidade na nossa família.
Essa sobremesa nada mais é que um canudinho feito com aquela massa parecida com casquinha de sorvete, coberto com chocolate e recheado com doce de leite (especialidade dos argentinos).
Os canudinhos são grandes, mas dá vontade de repetir. Uma caixa com 15 numa das chocolaterias da Mitre saiu por algo em torno de R$ 70,00 reais, mas se você for pedir como sobremesa na
Confeitaria Giratória ou em algum restaurante, vai pagar mais caro por cada unidade.
Outra delícia que provamos foi a torta de maçã do Hotel Tirol (Centro), muito macia e suave. Aliás, macieiras estão em todos os lugares da região e são muito utilizadas em doces e geleias.
Os argentinos gostam muito de doce no café da manhã, por isso sempre vai ter doce de leite e geleias de vários sabores na primeira refeição do dia. A nossa preferida foi a de framboesa servida no hotel.
Demos sorte porque também tinha fruta no café da manhã, como banana, laranja e maçã.
Tinha até salada de fruta para quem não está acostumado com tanto doce logo cedo. No mais, só pães e alguns frios.
Mas se você não for hóspede do Tirol, eles também tem uma sala de Té (chá) que deve servir a tão sonhada torta de maçã.
Tem ainda os Chocolates Quentes servidos em todos os lugares, sempre muito cremosos e saborosos.
Tomamos um mais amargo e muito bom no Museo del Chocolate, na fábrica da Havanna.
E para não dizer que não falamos do doce de leite, um muito gostoso é o da marca Sancor, vendido em qualquer supermercado.
Com água na boca depois de tantas delícias? Bom demais não é?! E como prometido ainda vamos voltar a Bariloche em outro post para falar sobre a hospedagem na cidade.
Onde ficar? No centro? Na beira do lago? Até mais!
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Você não paga nada mais por isso e ainda ajuda o blog a continuar trazendo informações de qualidade para você e sua família.
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Tá difícil escolher o prato que parece melhor. Eu sou fanática por massas, só de imaginar minha boca enche d’água. E que bacana ver todo mundo tomando suco. Abaixo o refrigerante!!!
É mesmo Gisele, tanta coisa gostosa que fica difícil eleger a melhor.
Nós só tomamos suco e as crianças nunca tomaram refrigerante. Procuramos ter refeições saudáveis sempre.
Obrigada por acompanhar a nossa família!
Isto é “tortura” da boa para o meu palato :)))) Tantas e tão boas opções… Bariloche é uma bela cidade e quando sobram opções de qualidade na gastronomia fica complicado não voltar.
Podemos dizer que comemos bem, Rui, até melhor que Buenos Aires.
A cidade tem realmente opções para todos os gostos e paladares.
Obrigada pela visita!
Meu Deus!!!! Que post mais delicioso. Impossível negar que ver essas carnes foi uma verdadeira tortura. Sinto muita falta da carne brasileira e argentina. Estive em Bariloche em outra vida, preciso voltar urgente. =)
Eita Martinha, o que não falta na Argentina é carne, não é verdade?!
Se você gosta, precisa realmente voltar. Tem muitas outras dicas aqui no blog sobre passeios e hospedagem que podem te ajudar.
Obrigada por nos acompanhar!
Que legal! Afinal, a parte gastronômica também faz parte da viagem né? rsrs. Também adoro massas e tortas doces! Post delicioso! 😉
Então somos dois Douglas, meu fraco são as massas e os doces também!
E certamente, provar as delícias de cada lugar faz parte da experiência de todas as viagens.
Obrigada por nos acompanhar.
Nossa que relato maravilhoso! Fiquei babando e anotando todas as dicas que estão bem detalhadas! Parabéns
Obrigada Thiago e que bom que contribuiu. Quando experimentar as dicas, conta pra gente também!
Grata pela visita.
Hmmm, que delicia! Deu até água na boca! Tanta coisa gostosa né! A gastronomia argentina é divina!
Adoro escrever essa coluna Itamar, é uma forma de relembrar as nossas vivências gastronômicas e dividir com vocês as nossas impressões.
Comer em cada destino é parte do nosso roteiro em todas as viagens.
Obrigada por acompanhar a nossa família.
Adorei a nova sessão! Também adoro gastronomia e acredito que é sim uma parte super importante da viagem, e das impressões que a gente traz dos lugares que conhece! Fiquei muito curiosa com os sabores de Bariloche – que eu inclusive nem conheço ainda! Quanta coisa deliciosa vocês provaram! Fiquei babando nos Cubanitos!
Também adoramos os cubanitos e que bom que gostou da coluna, Klecia.
Acreditamos muito nessa vivência gastronômica como parte das memórias que guardamos de cada destino. Já é roteiro obrigatório pra gente.
Obrigada pela companhia.
Que delícia de texto!!! Deu uma saudade sem tamanho da gastronomia argentina. Adoro os cortes, a parrillada… Não lembro mais dos lugares que comemos em SCB, mas sempre comemos muuuiito bem na Argentina. Léo adora morcilla! Eu não gosto nem do cheiro. rsrsrsrs bj
Pelo jeito, nossas famílias são boas de garfo, né Analuiza?! rs
Apreciamos muito uma boa refeição e aproveitamos ao máximo para provar os sabores de Bariloche.
Obrigada por nos acompanhar. Beijão!
Bariloche é um ótimo lugar para se comer bem, né? A gastronomia argentina é uma de nossas preferidas. Uma delícia!
Nossa experiência gastronômica em Bariloche foi muito positiva, ainda bem, rs.
Nem sempre a gente acerta, mas dessa vez podemos dizer que comemos bem.
Obrigada por acompanhar a nossa família!
Pô, que ideia boa de post. Realmente a gastronomia é parte importante de qualquer viagem, gostei bastante da estrutura do seu texto.
Obrigada Edson, tentamos organizar as informações da forma mais clara e acessível possível para facilitar a vida dos viajantes.
Espero que as dicas tenham ajudado.
Grata pela visita.
Esta parte gastronómica é um aspeto muito importante nas viagens. Estas escolhas são bem interessantes para um apreciador de carne!
Concordamos com você, a culinária local é parte da experiência de se conhecer um destino. A gente gosta tanto de explorar a gastronomia nas viagens que até criamos essa coluna aqui no blog, rs.
Quem gosta de carne deve provar o churrasco argentino para comparar os sabores e a forma de preparo, a diferença é considerável.
Obrigada pela visita!
Não conheço Bariloche ainda e estou programando uma viagem para lá, adorei as dicas de experiências gastronômicas e já separei alguns restaurantes que quero conhecer. Uma dúvida, você acha que vale a pena conhecer Bariloche fora do inverno?
Oi Leo, nós visitamos Bariloche no inverno porque a intenção era mesmo brincar na neve, mas vi que a região é cheia de atrativos o ano inteiro.
A paisagem muda completamente sem que a região perca a beleza e a variedade de passeios. Vimos fotos maravilhosas da primavera de lá, deve ser incrível também.
Obrigada por nos visitar!